Elogiado na pele do vilão Félix em "Amor à Vida", Mateus Solano vem rejeitando as comparações com a malvada Carminha (Adriana Esteves), de "Avenida Brasil" e diz que o beijo entre personagens do mesmo sexo precisa acontecer "com naturalidade" na televisão.
"Beijo gay não é a questão. Se tiver, será tratado com naturalidade. Só valeria se fosse assim, sem ser sublinhado, como é na vida. Ou vira preconceito pelo outro lado", disse em entrevista à coluna de Patrícia Kogut no jornal "O Globo" publicado neste domingo (26).
Ele disse ainda que Félix será uma das ferramentas do autor Walcyr Carrasco para mostrar que homossexualidade não é uma escolha, mas uma condição.
O ator também voltou a dizer que não é uma versão "de calças" da vilã Carminha.
"Soube que estão brincando muito com as 'pintas' que Félix dá. Não concordo com nenhum paralelo com a Carminha. Não existe 'novo alguma coisa'. Então, Carminha era a nova Nazaré Tedesco, que por sua vez era a nova Odete Roitman? É bobagem", enfatizou.
Para se preparar para interpretar o vilão, Solano diz que leu "O efeito Lucifer", de Philip Zimbardo, e estudou sobre o nazismo.
"Busquei coisas que justificam como o ser humano pode ser mau dependendo das circunstâncias e da educação. Félix se ressente da falta de carinho do pai e isso motiva sua ganância. É essencialmente mau. É também muito divertido, um parque de diversões para o ator. É excêntrico, egocêntrico, ama o poder. Causa estranheza e medo", analisou.
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