segunda-feira, 8 de março de 2010

Entrevista com o Mateus Solano

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Mateus Solano, que arrebatou corações quando interpretou Ronaldo Bôscoli na minissérieMaysa, agora encanta na pele dos gêmeos Jorge e Miguel na novela Viver a Vida, de Manoel Carlos. Mas o coração do ator, como ele não se cansa de repetir, já tem dona: a atriz Paula Braun, 30 anos, com quem namora há dois. Apesar de não serem casados no papel, Mateus, 28, se sente como tal: "Já somos casados. Moramos juntos. Nada no civil nem no religioso. Talvez, para formalizar, façamos algo entre os amigos", planeja o ator, que é contratado da Globo até janeiro de 2011.

Já enfrentou situações como as da novela? Jamais. Nem de tetraplegia, nem de briga entre irmãos. Com relação ao meu irmão de verdade (Gabriel), sempre resolvi as coisas no diálogo, assim como tudo na minha vida. O problema dos dois é que Jorge e Miguel não conseguem dialogar sem se xingarem e sem brigarem um com o outro.

Jorge perdeu a Luciana por que não conseguiu encarar a doença dela? Tudo tem a ver com a relação que tinham construído antes do acidente e a que tiveram depois. Ele não reaprendeu a amar Luciana. Existe uma informação médica de que, nesses casos, a maioria das relações termina por que o namorado fica como enfermeiro e o amor se perde. As necessidades de uma cadeirante são completamente diferentes das de uma pessoa normal. Miguel, por ser médico e mais parecido com a Luciana, se aproximou mais dela.

Miguel ama Luciana? Tenho certeza. Estão descobrindo por si próprios.

Por que todas as mulheres querem ter um Miguel? Acredito que as pessoas não querem se ver no Jorge, preferem exorcizar a seriedade dele com o jeito espontâneo do Miguel, de que nada vai abatê-lo.

Prefere qual dos dois? Não tenho preferência. Eu os crio e os assisto para fazê-los cada vez melhor.

O que as pessoas falam nas ruas? São sempre muito carinhosas e o interesse delas é de como é que consigo fazer dois papéis e fazer diferente.

Você e a Paula conversam sobre casamento? Às vezes sim. Às vezes não. Ficamos focados no trabalho.

É romântico? Acho que sim. Gosto de fazer feliz a pessoa que eu amo.

Tem projeto para depois da novela? Primeiro, descansar, viajar. Depois, voltar a fazer teatro.

O que faz quando não está gravando? As pouquíssimas vezes em que consigo não estar no Projac, gosto de ficar com a Paula, jantar com ela em algum lugar para espairecer. É a mulher que eu amo para o resto da vida.

O que gostava de fazer antes da novela? Subir a trilha do Cristo, ir à praia e à Lapa, para ouvir um samba.

Qual a diferença entre fazer novela e minissérie? Novela é mais difícil e complicado. A minissérie Maysa era uma obra fechada, que gravamos em três meses e eram nove capítulos. Não há mudanças de acordo com a opinião do público. Além do que, fazendo dois papéis e trabalhando 88 horas por semana, é tudo em dobro.

Está feliz com o resultado? Claro, pelo reconhecimento e a felicidade de estar fazendo um bom trabalho. O autor vai vendo e respondendo de volta. Há um diálogo entre o autor, o ator e o público.

Você e o Manoel Carlos se falam? Trocamos e-mails. Maneco é muito amável. Agradeço a ele a oportunidade e também por estar trabalhando com Lilia Cabral, Natália do Valle, Bárbara Paz, tantos outros ótimos atores e toda a equipe.

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