Mateus Solano é um galã em dose dupla. Há oito meses ele interpreta os gêmeos Miguel e Jorge da novela Viver a vidae é sucesso de público e de crítica. Um dos recordistas de cartas da emissora, conquistou o coração dos telespectadores em seu primeiro papel em novelas. Antes, chamara a atenção pela interpretação do compositor Ronald Bôscoli na minissérie Maysa – Quando fala o coração, no ano passado. Solano conta aos leitores de ÉPOCA que hoje já não tem tanta dificuldade para dar vida a cada um dos gêmeos, que brigam pelo amor da cadeirante Luciana (Alinne Moraes). Diz que já se acostumou ao jeito de cada um. No máximo, aquece a voz antes de encarnar Jorge, de fala mais grave.
ENTREVISTA - MATEUS SOLANO |
QUEM É Carioca de 29 anos. É casado com a atriz Paula Braun, que espera o primeiro filho O QUE FAZ Ator, formado em artes cênicas pela Uni-Rio. Faz teatro desde os 16 anos. Na TV, fez participações especiais em novelas e minisséries. Em 2009, esteve em Maysa. Agora vive os gêmeos Jorge e Miguel em Viver a vida |
ÉPOCA – Você se identifica mais com qual de seus personagens na novela? Miguel, mais brincalhão, ou Jorge, que tem aquele jeito sério e reservado?
Cristiele M. Santos, Indaiatuba, SP
Mateus Solano – Como ator, eu costumo buscar dentro de mim as razões, ações e emoções que são do Jorge e do Miguel. Portanto, pode-se dizer que me identifico um pouco com cada um deles, mas, ao mesmo tempo, não tenho nada a ver com os dois. Com os amigos sou mais brincalhão e extrovertido, pareço um Miguel. Quando estou concentrado no trabalho ou em alguma questão importante, pareço mais um Jorge.
Cristiele M. Santos, Indaiatuba, SP
Mateus Solano – Como ator, eu costumo buscar dentro de mim as razões, ações e emoções que são do Jorge e do Miguel. Portanto, pode-se dizer que me identifico um pouco com cada um deles, mas, ao mesmo tempo, não tenho nada a ver com os dois. Com os amigos sou mais brincalhão e extrovertido, pareço um Miguel. Quando estou concentrado no trabalho ou em alguma questão importante, pareço mais um Jorge.
ÉPOCA – Qual é a técnica que você usa para se desligar do personagem do Jorge quando está interpretando o Miguel, e vice-versa?
Verônica Pereira, Timóteo, MG
Solano – Várias coisas me ajudaram desde o início: o figurino, a caracterização do cabelo, a preparação que eu fiz um mês antes de começar a novela... Mas hoje em dia eu chego a ensaiar uma cena entre os dois com o figurino apenas de um. Só mudo a roupa e a caracterização na hora de gravar mesmo. A experiência de fazê-los todos os dias é o que mais me ensina. Às vezes gosto de aquecer a voz mais para o grave quando vou fazer o Jorge e outras vezes dou uns tapas na cara para despertar para o Miguel, que é mais "solar", desperto. Mas tento sempre fazer meu trabalho de dentro para fora.
Verônica Pereira, Timóteo, MG
Solano – Várias coisas me ajudaram desde o início: o figurino, a caracterização do cabelo, a preparação que eu fiz um mês antes de começar a novela... Mas hoje em dia eu chego a ensaiar uma cena entre os dois com o figurino apenas de um. Só mudo a roupa e a caracterização na hora de gravar mesmo. A experiência de fazê-los todos os dias é o que mais me ensina. Às vezes gosto de aquecer a voz mais para o grave quando vou fazer o Jorge e outras vezes dou uns tapas na cara para despertar para o Miguel, que é mais "solar", desperto. Mas tento sempre fazer meu trabalho de dentro para fora.
ÉPOCA – Qual é a sensação de ocupar o posto de galã no horário nobre da TV?
Willian Bressan, Curitiba, PR
Solano – Não compartilho da ideia de que sou galã. O que acho o máximo é ter meu trabalho de ator tão reconhecido por tanta gente no Brasil. E adoro que o Miguel faça as pessoas pensar sobre a falta de acesso e o preconceito aos cadeirantes em nosso país e sobre como o amor pode surgir tão puro ainda hoje, apesar de qualquer limitação que a gente tenha na vida. Além de debater as questões morais entre dois irmãos que gostam da mesma pessoa e tantos outros temas que a novela pode suscitar. E de entreter quem gosta de assistir a uma boa trama, é claro.
Willian Bressan, Curitiba, PR
Solano – Não compartilho da ideia de que sou galã. O que acho o máximo é ter meu trabalho de ator tão reconhecido por tanta gente no Brasil. E adoro que o Miguel faça as pessoas pensar sobre a falta de acesso e o preconceito aos cadeirantes em nosso país e sobre como o amor pode surgir tão puro ainda hoje, apesar de qualquer limitação que a gente tenha na vida. Além de debater as questões morais entre dois irmãos que gostam da mesma pessoa e tantos outros temas que a novela pode suscitar. E de entreter quem gosta de assistir a uma boa trama, é claro.
ÉPOCA – Como você, Mateus, agiria na situação em que o personagem Miguel se encontra, apaixonado pela ex-namorada de seu irmão? Você passaria por cima da relação fraterna para viver esse amor?
Anna Carina Mello, Petrópolis, RJ
Solano – É uma questão realmente muito complicada. Acho que ia fugir ao máximo dessa paixão. O Miguel, apesar de muito atirado e inconveniente no início, lidou muito bravamente com o problema. Sua aproximação de Luciana após o acidente, por meio de sua profissão, foi muito intensa. Manoel Carlos tomou cuidado para que o Miguel não parecesse nunca um vilão nessa história, trazendo um novo ingrediente: a dificuldade cada vez maior na relação entre Luciana e Jorge, preso na imagem da Luciana de antes do acidente.
Anna Carina Mello, Petrópolis, RJ
Solano – É uma questão realmente muito complicada. Acho que ia fugir ao máximo dessa paixão. O Miguel, apesar de muito atirado e inconveniente no início, lidou muito bravamente com o problema. Sua aproximação de Luciana após o acidente, por meio de sua profissão, foi muito intensa. Manoel Carlos tomou cuidado para que o Miguel não parecesse nunca um vilão nessa história, trazendo um novo ingrediente: a dificuldade cada vez maior na relação entre Luciana e Jorge, preso na imagem da Luciana de antes do acidente.
ÉPOCA – Como você começou sua carreira de ator e como entrou na TV Globo?
Jociéli Eurich, Curitiba, PR
Solano – Comecei a fazer teatro no colégio bem pequeno e levei a sério a profissão desde minha primeira peça, em 1996. Eu me interessava por tudo sobre teatro, ia a pelo menos duas peças por semana e assistia às aulas escondido na plateia do Tablado (uma escola de improvisação famosa no Rio de Janeiro). Entrei na faculdade de interpretação em artes cênicas na Uni-Rio (universidade particular), comecei a fazer muitos espetáculos amadores, universitários e depois profissionais, viajei para vários festivais de teatro pelo Brasil. E ainda fiz alguns curtas-metragens, cursos de máscara, aprendi a contar histórias para crianças, viajei para um estágio no Théâtre du Soleil (na França) e fiz mais de 20 peças e intervenções teatrais. Em 2002, um produtor da TV Globo me viu numa peça, gostou de meu trabalho e me chamou para fazer um vídeo de apresentação para a Globo.
Jociéli Eurich, Curitiba, PR
Solano – Comecei a fazer teatro no colégio bem pequeno e levei a sério a profissão desde minha primeira peça, em 1996. Eu me interessava por tudo sobre teatro, ia a pelo menos duas peças por semana e assistia às aulas escondido na plateia do Tablado (uma escola de improvisação famosa no Rio de Janeiro). Entrei na faculdade de interpretação em artes cênicas na Uni-Rio (universidade particular), comecei a fazer muitos espetáculos amadores, universitários e depois profissionais, viajei para vários festivais de teatro pelo Brasil. E ainda fiz alguns curtas-metragens, cursos de máscara, aprendi a contar histórias para crianças, viajei para um estágio no Théâtre du Soleil (na França) e fiz mais de 20 peças e intervenções teatrais. Em 2002, um produtor da TV Globo me viu numa peça, gostou de meu trabalho e me chamou para fazer um vídeo de apresentação para a Globo.
ÉPOCA – O que sua mulher diz sobre suas cenas com as mulheres, já que cada personagem já esteve pelo menos com duas cada um?
Roberta Sá, Petrópolis, RJ
Solano – Minha mulher também é atriz. Conversamos muito sobre o trabalho um do outro. Cenas românticas são normais. Não há ciúmes ou cobranças. Somos adultos.
Roberta Sá, Petrópolis, RJ
Solano – Minha mulher também é atriz. Conversamos muito sobre o trabalho um do outro. Cenas românticas são normais. Não há ciúmes ou cobranças. Somos adultos.
ÉPOCA – Se você tivesse filhos gêmeos e eles estivessem passando pela mesma situação do Jorge e do Miguel (gostando da mesma garota), de que lado você ficaria?
Karen Rezende, Campinas, SP
Solano – Eu gosto de ficar sempre ao lado do diálogo. O grande problema entre Jorge e Miguel é que eles não conseguem conversar, se agridem. Se houvesse diálogo, nem o pai nem a mãe teriam de se meter, e eles resolveriam a situação com menos sofrimento. O problema entre eles vem justamente da diferença muito grande entre os temperamentos. Jorge cresceu sendo o cara menos bacana, menos divertido que o Miguel. Essa eterna competição dificulta ainda mais essa relação de irmãos.
Karen Rezende, Campinas, SP
Solano – Eu gosto de ficar sempre ao lado do diálogo. O grande problema entre Jorge e Miguel é que eles não conseguem conversar, se agridem. Se houvesse diálogo, nem o pai nem a mãe teriam de se meter, e eles resolveriam a situação com menos sofrimento. O problema entre eles vem justamente da diferença muito grande entre os temperamentos. Jorge cresceu sendo o cara menos bacana, menos divertido que o Miguel. Essa eterna competição dificulta ainda mais essa relação de irmãos.
ÉPOCA – Você ainda consegue manter uma "vida", além de as de Jorge/Miguel? O que faz nas (poucas) horas de folga?
Marcelo Sancho, Rio de Janeiro, RJ
Solano – Sinto muito falta de meus amigos. Sempre que posso, chamo algum deles para me visitar, pois não ando tendo tempo nenhum. O que sobra serve para descansar, ficar juntinho de minha mulher, além de estudar o próximo capítulo. Uma vida quase totalmente dedicada à novela, mas que tem valido muito a pena.
Marcelo Sancho, Rio de Janeiro, RJ
Solano – Sinto muito falta de meus amigos. Sempre que posso, chamo algum deles para me visitar, pois não ando tendo tempo nenhum. O que sobra serve para descansar, ficar juntinho de minha mulher, além de estudar o próximo capítulo. Uma vida quase totalmente dedicada à novela, mas que tem valido muito a pena.
ÉPOCA – Você tem vontade de trabalhar no cinema americano?
Valmir Cesar Garcia dos Santos, São Paulo, SP
Solano – Nunca pensei nisso. Minha vontade é sempre aprender com minha profissão, até morrer. No teatro, na TV ou no cinema, brasileiro ou internacional. Não tenho ambições internacionais.
Valmir Cesar Garcia dos Santos, São Paulo, SP
Solano – Nunca pensei nisso. Minha vontade é sempre aprender com minha profissão, até morrer. No teatro, na TV ou no cinema, brasileiro ou internacional. Não tenho ambições internacionais.
ÉPOCA – O que você pretende fazer após Viver a vida? Vai voltar ao teatro? Fazer cinema?
Jéssica Liu, São Paulo, SP
Solano – Primeiro vou descansar muito e depois voltar a trabalhar com teatro, cinema e TV. Tenho ideias e convites, mas preciso dar um tempo.
Jéssica Liu, São Paulo, SP
Solano – Primeiro vou descansar muito e depois voltar a trabalhar com teatro, cinema e TV. Tenho ideias e convites, mas preciso dar um tempo.
ÉPOCA – É verdade que você vai ser pai?
Gisela Freire, Manaus, AM
Solano – É verdade, Gisela. E estou muito feliz.
Gisela Freire, Manaus, AM
Solano – É verdade, Gisela. E estou muito feliz.
ÉPOCA – Você tem algum ídolo na TV?
Luiza Itamara, Campos dos Goytacazes, RJ
Solano – Não tenho ídolos, mas pessoas que admiro e com quem aprendo. Gosto sempre de falar do Tony Ramos
Luiza Itamara, Campos dos Goytacazes, RJ
Solano – Não tenho ídolos, mas pessoas que admiro e com quem aprendo. Gosto sempre de falar do Tony Ramos
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