Ele pode até não gostar muito do rótulo, mas, desculpa, não dá para fugir: Mateus Solano, 28 anos, é o mais novo galã brasileiro e vem apaixonando o público a cada dia. O ator brilha no papel dos gêmeos Jorge e Miguel na novela global das 9, "Viver a Vida". Em uma cena aparece todo sério e contido e na outra é descontraído e divertido. Ou as duas coisas ao mesmo tempo quando a cena pede.
Filho de um diplomata e de uma psicóloga, o gato diz que se identifica com os dois personagens. "Quando estou entre amigos me pareço com o Miguel, mas no trabalho sou o Jorge, super-responsável".
Brasiliense, Mateus já faz teatro há tempos e este ano esteve em cartaz com "2 p/ Viagem" e "Hamlet". Na telinha interpretou Gustavo Gomes em "Um Só Coração" (2004) e Júlio Soares em "JK" (2006). Participou também de "A Diarista" (2005), "Sob Nova Direção" (2007) e "Faça Sua História" (2008), todos na Globo. Mas só se tornou mais conhecido a partir da minissérie "Maysa - Quando Fala o Coração", apresentada no início deste ano. Ele deu um show na pele do saudoso Ronaldo Bôscoli e conquistou a admiração do público.
Com 1,89 metro, 85 quilos, o artista se declara sensível e apaixonado pela atriz Paula Braun. No dia 27 de setembro, no "Domingão do Faustão", por exemplo, respondendo a uma jovem da plateia que lhe perguntou se a namorada não tinha ciúme quando ele beijava as estrelas, o intérprete disse: "Ela lida muito bem com isso, é atriz. Sabe que faz parte do trabalho, não envolve sentimento. E eu sou completamente apaixonado por ela". Além de lindo, ainda é fiel!
Qual o grande sonho do belo? "Trabalhar com Tony Ramos. Para mim, ele é Deus na Terra", contou o ator, que reconhece como seu maior defeito querer sempre agradar a gregos e troianos.
Mateus é mesmo um adorável sedutor, que gosta de comida apimentada e pratica montanhismo, entre outros esportes. Saiba um pouco mais sobre esse novo ídolo da TV na entrevista que se segue:
Como é atuar fazendo dois personagens?
É uma parafernália. Quando eles aparecem juntos, aquele segundo, um correndo atrás do outro, pode acreditar que foi preciso um dia inteiro de gravação. E ainda usamos recursos na parte técnica que são novidades até mesmo na Globo.
Você grava todo dia?
Estou gravando todo dia, de manhã à noite. Só me dedico à novela. Também tenho um dublê que me ajuda, o Gabriel Delfino, um ótimo ator. É meu espelho, minha sombra, meu tudo.
Imagino que seja um trabalho em dobro. O salário é em dobro também?
É tudo em dobro, menos o salário (risos).
E muito difícil entrar na pele de Miguel e Jorge?
Fiz o que chamamos de preparação de ator, com a Patrícia Carvalho, para conhecer profundamente ambos os personagens e não acabar fazendo um trabalho apenas de caricatura.
Como é isso?
Tem que ser de dentro pra fora. Estou o tempo todo preocupado em entender o temperamento de um, que é mais sério, mais centrado, e do outro, que é mais alegre, aberto, pra fora e divertido. Faço isso para que no final o público perceba claramente quando é Miguel ou Jorge e possa dizer: "Esse gesto é do arquiteto e esse é do médico".
Teve contato com gêmeos na vida real?
Já, acho que a vida toda. Tinha amigos na escola. Mas também nunca esperei nem imaginei que ia fazer esse papel um dia em uma novela.
E está sendo complicado?
Estou adorando. Tenho muito trabalho, é cansativo, porém recompensador quando vemos as imagens na tela.
É mais desafiante também...
É muito desafiante. É mesmo o dobro do desafio. Se fosse um protagonista já seria um desafio gigante.
O que é mais difícil?
Essa coisa de gravar e marcar dois personagens ao mesmo tempo exige muito. Acho que o mais importante é não partir de um papel para o outro. É não estar fazendo um e falando: "Meu Deus, será que o outro eu estou interpretando assim também?!!". Então, precisei entender bem os dois separadamente.
E a caracterização dos tipos? A gente vê que os estilos são completamente diferentes...
Um tem um figurino mais clássico, usa o cabelo repartido. O segundo é mais descontraído, jovem e tem aquele penteado despenteado (risos)! Toda essa caracterização do figurino ajuda muito.
E a sua elaboração interior? Às vezes você se confunde nas gravações?
Não, não dá pra confundir. Eu me preparei muito para chegar ao primeiro dia de gravação e ter certeza do que é um e do que é o outro. Estou tranquilo e seguro tanto como Jorge quanto como Miguel!
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